segunda-feira, 16 de julho de 2012

Biblioteca do P2 (1)

Hoje inicio uma nova vertente no blog, dicas de literatura, principalmente livros sobre bebidas e comidas.
Desde pequeno eu leio muito, sempre gostei de mergulhar na leitura, nas histórias. Quando eu comecei a fazer enologia, me enveredei por um outro ramo da literatura, a gastronômica-etílica.
E do mesmo modo que um livro de ficção me convida a imaginar lugares e personagens, a literatura gastronômica me convida a imaginar comidas, vinhos, jantares, algumas experiências que eu nunca vou experimentar, mas outras, quem sabe, a vida me leve a viver.



O primeiro livro que falarei é "O Julgamento de Paris - A Histórica Degustação que Revolucionou o Mundo do Vinho" de George M. Taber, Editora Campus - Elsevier.
O livro conta a história da famosa degustação de 1976 que colocou frente-a-frente clássicos vinhos franceses e os "novatos" californianos.
A data pode ser considerada simbólica, 200 anos antes 13 colônias britânicas da América do Norte declararam independência, e com o apoio da França, formaram os Estados Unidos, agora a mesma França, involuntariamente, ajuda o Novo Mundo do vinho a ganhar sua independência!
Mas, na minha opinião, o mais importante do livro não é o resultado da degustação, até porque ele é controverso, mas sim como essa indústria moderna de vinhos finos californianos foi se formando ao longo do século XX, culminando na degustação "fora de casa", jogando de igual para igual com o time local!



No segundo livro, permaneço na França, "Lições de Francês - Aventuras de garfo, faca e saca-rolhas" de Peter Mayle, Editora Rocco.
Esse livro conta as aventuras gastronômicas de um autor inglês que vive na França, por feiras e festas locais para os mais variados tipos de comidas e bebidas.
Trufas negras, rãs, frangos, queijos, escargots, maratona em Bordeaux, vinhos da Borgonha, chouriço. O autor descreve confrarias, cerimônias, mas principalmente, os sabores, as sensações, de visitar pequenas cidades francesas e conhecer seu prato típico e experimentá-los in loco.

P.S.: o primeiro livro demanda uma atenção um pouco maior, por ser uma leitura mais densa, com vários personagens e revisando décadas da indústria vinícola americana, já o segundo livro é mais leve, podendo ser lido com mais descompromisso, são histórias curtas e saborosas.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Digestivo























No inverno poucas coisas são melhor que uma comida pesada, gorda, de "sustância", para esquentar e confraternizar.
Mas depois de 2 pratos de um puchero, ou de um ensopado de mandioca com calabresa, cai bem um licor digestivo, e se você não aguenta mais tomar Amarula, vou dar 2 sugestões bacanas e um pouco exóticas também.


O primeiro é o Patrón XO Cafe (www.patrontequila.com), um licor de café feito com tequila. Produzido no México, a primeira vista pode parecer muito forte, por ser feito com tequila, mas ele se apresenta quase suave em boca. Se você é fã do cafezinho após as refeições, é a pedida certa. Sendo um licor, a melhor descrição que posso dar para ele  é, uma bala de café com mezcal.
O Patrón me foi apresentado pela cunhada do meu irmão e pelo marido, que moram nos Estados Unidos, depois eu encontrei ele em Riveira, confesso que nunca comprei licor no Brasil, então não sei se existe no país para vender.


E o segundo é bem exótico, Agwa de Bolivia Coca Leaf Liqueur (www.agwabuzz.com), isso mesmo, um licor de folha de coca (na  garrafa fala que contém 40g de essência de folha de coca por litro), que, apesar do nome, ele é produzido na Holanda (espero que o consumo seja legal).
De coloração verde kriptonita clara, ele parece um chá com álcool, não posso dizer se é parecido com chá de coca, pois nunca tomei, mas deve ser parecido. Em boca ele é refrescante, lembrando um pouco cidreira.
Eu encontrei esse licor uma vez em Riveira, numa lojinha daquelas escondidas entre uma Parrilla e uma loja de tênis. Outra vez eu comprei ele numa loja especializada em queijos.
Essa foto não consegue demonstrar toda a intensidade da cor verde-kriptonita do licor.


P.S.: ficarei devendo o valor para vocês dessa vez.