quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Ora bolhas! Feliz Natal e Feliz 2013

Esse é o último post do ano, e nada mais adequado do que eu falar sobre espumantes, uma bebida muito ligada à comemoração no Brasil, quase um sinônimo de festa.
Escolhi 4 espumantes nacionais (3 bruts e 1 moscatel) para sugerir ao leitores, espumantes em diferentes faixas de preço, mas mesmo assim, que não desequilibram o orçamento. E como sempre, penso que são espumantes que podem ser encontrados em diferentes locais.

Santa Colina Brut, da antiga Cooperativa Aliança (hoje, junto com mais 4 cooperativas, formam a Vinícola Nova Aliança), com uvas Pinot Noir, Chardonnay e Riesling de Santana do Livramento e Encruzilhada do Sul. Graduação alcoólica de 12,5%.
De coloração amarela-esverdeada, com borbulhas médias e persistentes.
Aroma cítrico, levedura, lácteo, maçã verde e mel.
Em boca apresenta média cremosidade e baixa acidez, um gosto tostado, média persistência e retrogosto de frutas cítricas.
Um espumante simples, mas sem defeitos, para começar as comemorações.
Origem: Nacional de Bento Gonçalves
Preço: 10-15 Reais
Nota: 76/100

Aurora Prosecco, produzido pelo Cooperativa Vinícola Aurora, com graduação alcoólica de 13%.
De coloração amarela-esverdeada, com borbulhas finas e bem persistentes.
Aroma de mel, frutas cítricas, frutas de polpa branca.
Em boca apresenta média cremosidade e média acidez, bem equilibrado, média persistência e retrogosto de mel e toranja.
Um espumante médio, para tomar depois do banho, esperando a ceia!
Origem: Grepar da Osvaldo Aranha, Bento Gonçalves.
Preço: 15-20 Reais
Nota: 80/100

.Nero Brut, produzido pela Domno. Com graduação alcoólica de 12%.
De coloração amarela-esverdeada, com borbulhas finas e persistentes.
Aromas de queijo, pão tostado, frutas cítricas, flores de laranjeira e pessegueiro.
Em boca ele é bastante cremoso e apresenta equilíbrio entre a estrutura, a acidez e o amargor, esse amargor, que junto com o retrogosto de doce de laranja, dá ao espumante uma boa persistência.
Um espumante para ser tomado acompanhando a ceia e para passar a virada!
Origem: Apolo do Shopping Bento, Bento Gonçalves
Preço: 20-25 Reais
Nota: 83/100

Salton Moscatel, produzido com uvas da região de Bento Gonçalves pela Vinícola Salton, com graduação alcoólica de 7,5%.
De coloração amarela-dourada, com borbulhas finas, mas pouco persistentes.
Aromas bem frutados e um pouco floral, melão, mamão, guaraná, jasmim e mel.
Em boca apresenta uma média cremosidade,e uma doçura bem casada com a acidez, sendo bem agradável ao paladar.
Um espumante indicado para acompanhar a sobremesa, ou para as pessoas que não gostam de espumante seco.
Origem: Apolo do Shopping Bento, Bento Gonçalves
Origem: 15-20 Reais
Nota: 81/100

P.S.: sei que existem espumantes brasileiros melhores, mas nesse post eu quis mostrar espumantes de boa qualidade abaixo dos 25 Reais.

P.S.2: desejo a todos os leitores um Feliz Natal e um 2013 repleto de coisas boas, que todos possam passar com suas famílias, seus amigos, seus companheiros, desfrutando de um bom vinho, de um bom espumante, não importa a nacionalidade, vinho bom é o vinho que você gosta! Até o ano que vem, beijos e abraços.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cervejas de Verão



Cervejas de verão? Mas não é toda cerveja que é para beber no verão?

Sim e não.

Sim. Todas as cervejas industriais brasileiras (tirando poucas exceções, como as Bocks que são sazonais), são cervejas leves, de baixo teor alcoólico, com pouca complexidade de aromas e sabores, feitas para serem tomadas bem geladas. Indicadas para os dias escaldantes do nosso verão.

Não. Grande parte das cervejas importadas, que hoje são facilmente encontradas na médias e grandes cidades brasileiras, são cervejas mais complexas, de maior ter alcoólico e estrutura. E mesmo as cervejas artesanais brasileiras, que dia a dia ganham quantidade de rótulos e qualidade de produto, são cervejas para serem tomadas em temperaturas mais alta que nossas pilsens industriais.

No post de hoje falarei de duas cervejas da marca inglesa Fuller's, a Chiswick Bitter e a Organic Honey Dew, e de uma cerveja brasileira, Paulistânia, produzida pela Casa Di Conti Ltda em Cândido Mota - SP.

A Chiswick Bitter é uma cerveja de baixo teor alcoólico (3,5%), mas que demonstra ter mais pelo amargor bem presente.
De coloração dourada média. Extremamente refrescante e com presença muito marcante do lúpulo.

A Organic Honey Dew tem teor alcoólico de 5,0%, e contém mel orgânico. De coloração dourada escura.
Contrasta seu amargor (e os aromas de lúpulo) com as notas de mel, que, juntos com a refrescância, resulta em uma cerveja bem equilibrada. No nariz temos notas de levedura e chocolate branco também.

A Paulistânia é uma cerveja mais encorpada que suas primas brasileiras, mas apresenta uma refrescância para acompanhar essas noites mornas de nossa primavera/verão. Apresenta uma coloração dourada média.

Origem: as duas inglesas, Riveira-URU, e a Paulistânia, Supermercado Apolo - Bento Gonçalves/RS
Preço: as inglesas, US$3,20 cada (cerca de R$ 6,40), a Paulistânia, R$ 5,00 cada (comprando 6)
Harmonização: Calor, boa companhia e uma bela vista.

P.S.: minha descrição de cada cerveja é curta, não sei degustar cerveja como sei degustar vinho (que já não é grande coisa), o objetivo desse post é mostrar exemplos de diferentes cervejas, aprovadas por mim, para acompanhar o calor e as amizades.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Passeio no Carrefour

Estava em Santa Maria/RS semana passada e resolvi ir no supermercado Carrefour, já que não tem aqui em Bento. Gostaria de ver as opções diferentes de vinhos importados, e quais vinhos nacionais teriam na prateleira.
Como de costume, tento buscar vinhos abaixo de 20 reais, vinhos de qualidade, mas que possam entrar no carrinho do mercado sem pesar muito no bolso. Um vinho para acompanhar aquela comida caseira bem feita e regar uma conversa animada.
Comprei 4 vinhos, mas só degustei 3 em Santa Maria, faltou tempo para degustar o quarto. Ficou um pouco balaio de gato, mas em comum, os 3 são vinhos varietais, que cabem no bolso e não fazem feio na taça.

O primeiro vinho é brasileiro de Flores da Cunha, Moscato Giallo 2011 da vinícola Panizzon (www.panizzon.com.br).
De coloração amarelo-palha com reflexos verdes.
Bem frutado no nariz, com destaque para maracujá, lichía e mamão papaia, apresenta aromas de mel e arruda também.
Em boca´apresenta uma certa untuosidade, mas senti falta de acidez, faltando refrescância. Apresenta pouca persistência com retrogosto de frutas cítricas.

Origem: Supermercado Carrefour - Santa Maria/RS
Preço: 10-15 Reais
Avaliação: 75/100
Harmonização: chegar em casa de tardezinha com calor e sede.


O segundo rótulo é americano do Estado da Califórnia, Redtree Zinfandel 2010 (www.redtreewine.com).
Vinho de coloração rubi profunda.
No nariz apresenta aromas de cereja, cravo, framboesa, morango, baunilha, fruta e madeira convivendo harmonicamente.
Em boca apresenta média estrutura, com sabor de mel, tabaco e pimenta. De boa persistência, traz retrogosto de chocolate e especiariais.

Origem: Supermercado Carrefour - Santa Maria/RS
Preço: 15-20 Reais
Avaliação: 81/100
Harmonização: Pizza de 4 queijos com a mãe.


E para terminar, um vinho espanhol da região de Castilla, Albae Tempranillo 2010 (www.haciendaalbae.com).
De coloração vermelho-violácea brilhante, com reflexos rubis.
Bem frutado e um pouco alcoólico no nariz, apresenta framboesa, morango, ameixa, groselha, anis, mel, pimenta.
Em boca apresenta taninos bem presentes, aveludado, de boa persistência e com retrogosto de tutti-fruti.

Origem: Supermercado Carrefour - Santa Maria/RS
Preço: 15-20 Reais
Avaliação: 82/100
Harmonização: almoço de sábado com a família.


P.S.: neste post não tem fotos por problemas de logística e problemas técnicos, desculpas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ora pois!


Meu post de hoje é sobre vinhos portugueses. Na minha opinião, o melhor custo/benefício dos vinhos importados encontrados em supermercados.
Falarei sobre 2 rótulos do Alentejo, região ao sul de Portugal que há duas décadas tinha vinhos pouco valorizados e conhecidos, mas que nos últimos anos, depois de muito trabalho, investimentos e um empurrão da imprensa especializada, virou xodó.
Os dois vinhos são produzidos pela Carmim, Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (www.carmim.eu).


O primeiro é o Terras d'El Rei, Vinho Regional Alentejano 2010, Trincadeira 50%, Aragonez 30% e Castelão 20%.
De coloração violácea, bastante profunda, começando a ganhar reflexos rubi.
No nariz possui aromas de cereja, framboesa, morango e aniz.
Possui uma estrutura média, com certo amargor em boca. De média persistência, com retrogosto de tutti-fruti.
Harmoniza com assistir futebol quarta a noite na TV.


Origem: Supermercado Nacional (Av. Medianeira, Santa Maria) 
Preco: 15-20 Reais
Avaliação: 80/100



O segundo vinho é o Reguengos, Alentejo DOC 2011, o mesmo corte, mas em proporções diferentes, Trincadeira 40%, Aragonez 40% e Castelão 20%.
Possui coloração violácea profunda e brilhante.
Bem frutado e com boa intensidade, possui aromas de framboesa, groselha, mamão, ameixa, tomilho, resina de pinheiro.
Na boca apresenta taninos um pouco agressivos, talvez pela sua juventude, tem média estrutura e boa persistência, com retrogosto de especiarias, pimenta preta e cravo, e chocolate.
Harmoniza com assistir futebol americano domingo a noite na TV.


Origem: Supermercado Nacional (Av. Medianeira, Santa Maria)
Preço: 25-30 Reais
Avaliação: 80/100


P.S.: A uva Aragonez do sul de Portugal, é a mesma Tinta Roriz do norte de Portugal e a Tempranillo da Espanha.

P.S.2: A uva Trincadeira é a mesma uva Tinta Amarela da região do Porto.



segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Bom, bonito e barato



Meu post de hoje traz 2 rótulos nacionais bons e baratos, de 2 das maiores vinícolas gaúchas. São rótulos que custam ao redor de 12 reais no mercado em Bento.



Amadén Riesling 2011 - Campanha (Miolo Wine Group) (www.miolo.com.br/vinhos/almaden).

O primeiro vinho é o Riesling da Almadén, um vinho muito refrescante muito adequado para esse verão perdido no meio do inverno.
Apresenta uma coloração pouco intensa amarelo-palha com alguns reflexos esverdeados.
No nariz ele é bem frutado, apresentando aromas de melão, abacaxi, pêssego, toranja, flor de laranjeira, maracujá, mel.
Na boca ele é refrescante, apresentando um bom equilíbrio entre a acidez, a estrutura e o teor alcóolico (12%). Tem boa persistência, com retrogosto de frutas cítricas.
Harmoniza com pôr-do-sol na sacada.
Origem: Mercado Grepar (Bento Gonçalves)
Preço: 10-15 Reais
Avaliação: 82/100



Salton Classic Riesling 2011 - Serra Gaúcha (Vinhos Salton S.A.) (www.salton.com.br).

De coloração amarelho-palha um pouco mais intensa que o Alamdén.
No nariz apresenta aromas de frutas cítricas, maçã verde, pão tostado, pêssego, lácteo, flores brancas.
Em boca tem uma certa untuosidade, equilibrada com a acidez e a estrutura. Tem média persistência e retrogosto chocolate branco e laranja.
Harmoniza com jogo de vôlei feminino da seleção brasileira.
Origem: Mercado Apolo (Bento Gonçalves)
Preço: 10-15 Reais
Avaliação: 80/100

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Biblioteca do P2 (1)

Hoje inicio uma nova vertente no blog, dicas de literatura, principalmente livros sobre bebidas e comidas.
Desde pequeno eu leio muito, sempre gostei de mergulhar na leitura, nas histórias. Quando eu comecei a fazer enologia, me enveredei por um outro ramo da literatura, a gastronômica-etílica.
E do mesmo modo que um livro de ficção me convida a imaginar lugares e personagens, a literatura gastronômica me convida a imaginar comidas, vinhos, jantares, algumas experiências que eu nunca vou experimentar, mas outras, quem sabe, a vida me leve a viver.



O primeiro livro que falarei é "O Julgamento de Paris - A Histórica Degustação que Revolucionou o Mundo do Vinho" de George M. Taber, Editora Campus - Elsevier.
O livro conta a história da famosa degustação de 1976 que colocou frente-a-frente clássicos vinhos franceses e os "novatos" californianos.
A data pode ser considerada simbólica, 200 anos antes 13 colônias britânicas da América do Norte declararam independência, e com o apoio da França, formaram os Estados Unidos, agora a mesma França, involuntariamente, ajuda o Novo Mundo do vinho a ganhar sua independência!
Mas, na minha opinião, o mais importante do livro não é o resultado da degustação, até porque ele é controverso, mas sim como essa indústria moderna de vinhos finos californianos foi se formando ao longo do século XX, culminando na degustação "fora de casa", jogando de igual para igual com o time local!



No segundo livro, permaneço na França, "Lições de Francês - Aventuras de garfo, faca e saca-rolhas" de Peter Mayle, Editora Rocco.
Esse livro conta as aventuras gastronômicas de um autor inglês que vive na França, por feiras e festas locais para os mais variados tipos de comidas e bebidas.
Trufas negras, rãs, frangos, queijos, escargots, maratona em Bordeaux, vinhos da Borgonha, chouriço. O autor descreve confrarias, cerimônias, mas principalmente, os sabores, as sensações, de visitar pequenas cidades francesas e conhecer seu prato típico e experimentá-los in loco.

P.S.: o primeiro livro demanda uma atenção um pouco maior, por ser uma leitura mais densa, com vários personagens e revisando décadas da indústria vinícola americana, já o segundo livro é mais leve, podendo ser lido com mais descompromisso, são histórias curtas e saborosas.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Digestivo























No inverno poucas coisas são melhor que uma comida pesada, gorda, de "sustância", para esquentar e confraternizar.
Mas depois de 2 pratos de um puchero, ou de um ensopado de mandioca com calabresa, cai bem um licor digestivo, e se você não aguenta mais tomar Amarula, vou dar 2 sugestões bacanas e um pouco exóticas também.


O primeiro é o Patrón XO Cafe (www.patrontequila.com), um licor de café feito com tequila. Produzido no México, a primeira vista pode parecer muito forte, por ser feito com tequila, mas ele se apresenta quase suave em boca. Se você é fã do cafezinho após as refeições, é a pedida certa. Sendo um licor, a melhor descrição que posso dar para ele  é, uma bala de café com mezcal.
O Patrón me foi apresentado pela cunhada do meu irmão e pelo marido, que moram nos Estados Unidos, depois eu encontrei ele em Riveira, confesso que nunca comprei licor no Brasil, então não sei se existe no país para vender.


E o segundo é bem exótico, Agwa de Bolivia Coca Leaf Liqueur (www.agwabuzz.com), isso mesmo, um licor de folha de coca (na  garrafa fala que contém 40g de essência de folha de coca por litro), que, apesar do nome, ele é produzido na Holanda (espero que o consumo seja legal).
De coloração verde kriptonita clara, ele parece um chá com álcool, não posso dizer se é parecido com chá de coca, pois nunca tomei, mas deve ser parecido. Em boca ele é refrescante, lembrando um pouco cidreira.
Eu encontrei esse licor uma vez em Riveira, numa lojinha daquelas escondidas entre uma Parrilla e uma loja de tênis. Outra vez eu comprei ele numa loja especializada em queijos.
Essa foto não consegue demonstrar toda a intensidade da cor verde-kriptonita do licor.


P.S.: ficarei devendo o valor para vocês dessa vez.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Futebol e Vinho



Muito bonito, criei o blog e não tinha falado sobre nenhum vinho nacional ainda!
Mas agora corrijo essa falha.
E o primeiro post sobre um vinho nacional é sobre o Giacomin Reseva Cabernet Sauvignon 2002.
Encontrei esse vinho no Grepar (mercado de Bento Gonçalves) e comprei pela curiosidade, como estaria um vinho brasileiro de 10 anos, possivelmente 8 anos na prateleira de um mercado sem as melhores condições de conservação. Estaria um "vinagre"? "Dá para beber"? Pode ser? Estaria bom?

A vinícola Giacomin (www.giacomin.com.br) é de Flores da Cunha na Serra Gaúcha.

Quarta-feira, jogo do Brasil, o frio voltando a Bento Gonçalves, resolvi abrir este vinho, já tinha tomado outra garrafa a menos de um mês, quis tirar a prova.



De coloração vermelho-rubi, começa a ter reflexos cor de saibro (tradicional, não o azul de Madrid).
No começo, o vinho tem um pouco de aromas reduzidos, justificado por tanto tempo de garrafa, mas percebe-se frutas vermelhas e um mentolado.

(Brasil faz 1 a 0, gol do Neymar num pênalti mandrake) Na boca o vinho mostra-se macio, mas vai perdendo a estrutura.

(Brasil 2 a 0, Thiago Silva de cabeça após escanteio) O vinho começa a respirar, cereja, eucalipto, um pouco de pimentão verde (afinal, é um Cabernet da Serra!), violeta.

(Final de primeiro tempo, Brasil 2 x 1, os Estados Unidos conseguiram um gol no fim do primeiro tempo) Com boa persistência, ele apresenta um certo amargor, mas nada que comprometa, e retrogosto de fruta vermelha madura.

Começa o segundo tempo e novos aromas vão aparecendo, framboesa, chocolate, pimenta, tostado, compota.

(3 a 1 para o Brasil, gol do Marcelo) Um vinho muito bom, não imaginei que ele podeira aguentar tanto tempo, mas mostra porque a safra de 2002 é primeira grande safra gaúcha dos anos 2000, o vinho é agradável ao paladar (em parte, acho eu, que por ele ter 11,7% de álcool) e pode ser degustado solo, ou quem sabe com uma massa massa de molho leve ou um arroz com galinha.

Vou apreciar o vinho e terminar de ver o jogo.



Origem: comprei no mercado Grepar (Osvaldo Aranha, Bento Gonçalves-RS)
Preço: 15-20 Reais
Avaliação: 84/100

P.S.: o jogo terminou 4 a 1 para o Brasil, Pato fechou o caixão!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Die Meister, Die Besten, Les grandes Équipes, The Champions!



O título do post é o refrão do Hino da UEFA Champions League. Os mestres, os melhores, Grandes equipes, os Campeões.

A final da Liga dos Campeões, um dos jogos mais esperados do ano, realizado na capital da Bavieira (Alemanha), causou minha rendição à cerveja (apesar do erro geográfico, a cerveja que tomei é holandesa).

Flashback, em 1989, na primeira eleição presidencial direta após a ditadura, Fernando Collor de Melo foi eleito presidente, apesar dos escândalos e do impeachment, Collor tem uma marca importante no seu governo,  a abertura do mercado brasileiro para produtos importados, isso permitiu o acesso a artigos como computadores e eletrônicos (apesar de hoje ainda pagarmos muito caro), e também cervejas, cervejas de todas as partes do mundo pipocaram nas gôndolas de supermercados. Tivemos na sequência a criação e fortalecimento do Real, distribuição de renda, fortalecimento do mercado interno, excelência na produção agrícola, ..

Não sou economista, e não entendo todas implicações da abertura econômica, mas imagino alguns benefícios: aumento da oferta e variedade, forçar a indústria nacional a se modernizar, diminuição de preços.

Isso me leva até o dia de hoje, quando eu comprei por R$ 49,90 um barri de 5L de Heineken importado da Holanda, numa rede de  mercados do interior do Rio Grande do Sul.

Outro ponto que quero destacar são as propagandas da Heineken ligadas ao futebol, principalmente o europeu, a Heineken é patrocinadora da UEFA (a FIFA é patrocinada pela Budweiser). Elas mostram o esporte como arte e o torcedor uma parte viva do espetáculo, torcendo e vivenciando cada partida. Abaixo uma amostra.




P.S.: holandês sabe fazer cerveja, mas não sabe bater pênalti!

sábado, 19 de maio de 2012

Falando grego


Ontem a noite após um churrasco, degustei o vinho grego Tsántali Retsina, não safrado. Produzido com uvas Savatianó e Roditis, e adição de resina de pinheiro de alepó. No site (lphbrasil.com.br), além dos vinhos e uvas, tem textos sobre comida e história grega e fotos da região.
Estava esperando um chá de pinheiro, um pouco pesado. Mas para minha surpresa, e dos demais, o vinho parecia ter sido macerado com alecrim.
De visual límpido, amarelo palha com reflexos esverdeados, no nariz um forte ataque de alecrim, com aromas de pinus e algo lácteo no fundo. Em boca ele era bem refrescante, com boa acidez e um certo amargor.
Fico imaginando ele acompanhando um peixe ou carne de porco, quem sabe da próxima vez.
Para um vinho de 20 reais, ele é bom.

Origem: comprei no Carrefour em Santa Maria
Preço: 15-20 Reais
Avaliação: 78/100

P.S.: esse é meu primeiro post "técnico", estou tentando transformar minhas impressões e idéias em texto. Com o tempo, espero, o texto vai ficar mais agradável e interessante.

στην υγεια μας (Saúde, em grego!)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Começo

Estou criando esse blog para contar minhas experiências com vinhos.
Degustações, impressões sobre o setor, sobre o mercado, sugestões de rótulos e harmonizações.
Sou formado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Tecnólogo em Viticultura e Enologia, enólogo, pelo CEFET-BG, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Bento Gonçalves.
Quero escrever numa linguagem direta, mas utilizando meu conhecimento acadêmico para basear minhas opiniões.
O blog está aberto para discussões.


In vino veritas est.